quarta-feira, 22 de maio de 2013

Comunicação da Liderança

Ao longo dos anos, os métodos e formas de comunicar e administrar pessoas inseridas nas organizações são modificadas e adaptadas para as novas necessidades que surgem todos os dias. As organizações não mais se limitam às suas bases tradicionais e começam a enxergar as transformações que ocorrem no ambiente. A administração passa por um processo evolutivo nos seus conceitos e práticas. Nesta trajetória evolutiva as pessoas passam a ser o diferencial nas organizações.

Começa, então, a se falar na humanização do ambiente de trabalho, e na comunicação como fator humanizador destas relações. A organização é considerada um espaço de diálogo e de construção de significado, e a comunicação como lugar e processo de humanização da organização nas relações de trabalho (Kunsch, 2010). Contudo, percebe-se ainda, que existe uma realidade paradoxal, ao mesmo tempo que as condições de trabalho avançam para um maior incentivo e envolvimento do trabalhador, os princípios voltados para autonomia, cooperação e valorização do trabalhador não condizem com a conduta diária das organizações. O que ocorre muitas vezes nas empresas é uma comunicação baseada nos modelos tradicionais (taylorista) em contraposição aos modelos considerados ideais (relações humanas), principalmente no que se refere à comunicação da liderança. O modelo clássico tradicional segue rigorosamente a estrutura hierárquica da organização, fundamenta-se no controle e no poder. O conceito voltado para o campo relacional, a comunicação compreendida como um processo de interação social, tem sido realizada de forma integrada e participativa na relação gestor e subordinado. Assim, percebe-se que a comunicação não se limita mais, ou não pode mais se limitar ao seu aspecto informacional, ou seja, o processo de apenas envio e recepção de mensagens, sem considerar sua função social. A comunicação, portanto, avança de uma concepção técnico-instrumental, de um paradigma clássico/informacional para uma concepção interativa e relacional (Oliveira & Paula, 2008, p.6). Como afirma Wolton (1999) a comunicação, é antes de tudo uma experiência antropológica, uma relação de troca. Que os nossos líderes possam compreender esta nova realidade comunicacional. Cibelli Pinheiro

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