Será
que pedir Referências de empregos anteriores tem valor?
Ainda tratando do tema sobre Recrutamento e Seleção
de novos candidatos ao emprego, Robbins* apresenta na 5ª verdade sobre Gestão
de Pessoas o seguinte tema: “Não confie
demasiado na verificação de referências”.
Na verdade 1 proposta por Robbins, foi dito que o
importante no processo de seleção não são os traços de personalidade, mas o
comportamento do candidato, e que o melhor indicador para o comportamento no
fututo é o seu comportamento no passado. Portanto, a informação fiável sobre as
experiências e desempenhos anteriores do profissional são valiosas para a
decisão de contratação, no entanto, além de cada vez mais se ter o acesso
limitado destas informações, os empregadores também não fornecem detalhes sobre
os seus antigos colaboradores. Segundo Robbins, as referências dos empregos
anteriores são difíceis de obter e as referências pessoais são fáceis de
conseguir, mas não valem muito no processo de contratação.
As
Referências fornecidas são favoráveis ou desfavoráveis?
Não é comum, ao solicitarmos aos empregos anteriores
referências do candidato, recebermos informações desfavoráveis. Geralmente, o
que vemos são avaliações dos antigos empregadores favoráveis ao candidato.
Então, se a informação recebida for positiva, de nada servirá para diferenciar
os candidatos. Mas, caso se consiga que estas referências tenham informações
tanto positivas como negativas, poderá contribuir e muito para a decisão na seleção.
Outra questão importante é que, mesmo que se consiga
referências válidas sobre o desempenho do candidato na empresa anterior, não
significa dizer que o desempenho será o mesmo para a função a qual ele está
sendo contratado, pois existem diferenças nas empresas e funções, ou seja, existem
fatores externos que não são comuns e que influenciam no seu desempenho, como
por exemplo: recursos fornecidos que não são semelhantes nas empresas; colegas
de trabalho que possuem capacidades distintas; avaliação e recompensas com
critérios diferentes. Tudo isso e muito mais, influenciará no comportamento e
desempenho do colaborador, o que nos leva a concluir que o desempenho do
passado não poderá prever com exatidão o comportamento do futuro.
Então,
devo ou não pedir Referências?
É certo que todo candidato poderá conseguir amigos
que o referencie de forma positiva, portanto, não será este o meio que dará
mais credibilidade ao processo seletivo. No entendimento de Robbins, pedir referências
é um procedimento que não conduz a empresa a identificar um potencial
colaborador de alto desempenho. Mas isto não quer dizer que, não devemos fazer
uma pesquisa completa sobre os antecedentes do candidato (inclusive criminais)
e buscar a confirmação de suas credenciais acadêmicas, além de obter informações
dos seus antigos empregos.
E
como dar Referências de ex-colaboradores?
Para aqueles que dão referências, indico um vídeo
para nossa reflexão sobre o assunto. Trata-se de uma entrevista na CBN - Negócios & Carreira com Marcello Pepe que fala sobre as saias
justas que acontecem quando um novo empregador pede referências de ex-patrões
sobre candidatos a vagas de emprego. O que pensa sobre o assunto? Avalie: https://www.youtube.com/watch?v=9GdRGNa_dN4