segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mídia ou Rede?

As Mídias e Redes Sociais: Qual a diferença e influência?

Nos últimos cinco anos o avanço da comunicação entre as pessoas, ocorreu de forma assustadora, rápida e impactante, por meio de inúmeros instrumentos tecnológicos que possibilitaram este crescimento. Novas mídias e sites de relacionamentos foram criados com esta finalidade, de promover uma comunicação mais abrangente (geográfica e numericamente), de maior acessibilidade e troca. As novas mídias foram transformadas em mídias sociais e os sites de relacionamentos foram denominados redes sociais. Segundo Telles (2010) as redes sociais são ambientes com foco em reunir pessoas e há interação entre seus membros, enquanto que as mídias sociais, por mais que permita uma interação social, seu foco é na criação colaborativa de conteúdo e compartilhamento de informações nos diversos formatos (textos, vídeos, fotos, etc), independentemente de gerar relacionamento. As redes sociais estão inseridas nas mídias sociais. Podemos caracterizar como redes sociais o Facebook, Orkut, MySpace, Linkedin, entre outros, e como mídias sociais, o Twitter, Youtube, SlideShare, Flickr, e outras que incluem redes de relacionamento. Ou seja, a Rede Social faz parte da Mídia Social. Telles (2010) ainda apresenta as definições de ambos nos EUA nos períodos de 2005 e 2010. Em 2005 o conceito de Nova Mídia passou a ser em 2010 a Mídia Social. Os Sites de Relacionamento em 2005 foram transformados em Redes Sociais no ano de 2010. Com a crescente promoção destes meios, acaba-se de vez com a centralização e controle das mensagens, e ainda o controle da própria marca da organização. Qual o caminho a trilhar diante deste cenário? Em princípio, compreender que o pensamento e comunicação humana é que fará com que estes meios tenham vida. E depois aproveitar estas oportunidades para influenciar, estimular o diálogo e fazer a gestão delas. Não tente eliminá-las na sua empresa, até porque elas já estão presentes com muita força, sem caminho de volta, não tem como retroceder a este processo de livre comunicação. O que precisa ser feito é monitorar para gerar ou manter a imagem da sua organização, e quem sabe até resgatá-la! Cuida da sua imagem nas mídias e redes sociais.

Cibelli Pinheiro

Diretora da Sol Comunicação

Presidente ABRH-PE/CONRERP-5ª Região

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Comunicação na Gestão


Como você vê a Comunicação na Gestão das Pessoas? Quais as características da Comunicação na gestão das pessoas em sua empresa? Existe um modelo de Comunicação Administrativa Taylorista ou de Relações Humanas? É importante ressaltar que as políticas de gestão de pessoas devem ser consistentes, aplicáveis, compreensíveis, razoáveis e, principalmente, comunicadas. Peter Roussel afirma que “atualmente cerca de 90% dos problemas das empresas giram em torno da comunicação ou da ausência dela.” Portanto, é preciso RECONHECER que a comunicação no ambiente de trabalho não é um dado da natureza, precisa ser trabalhada. É preciso COMPREENDER que a comunicação grupal é complexa, e por isso, agir com clareza, transparência e verdade é fundamental. Segundo Peter Drucker, “60 % de todos os problemas administrativos resultam de ineficiência na comunicação”, principalmente quando se trata da comunicação descendente, que resulta em problemas de envolvimento e participação. Pesquisas apontam que 90% dos funcionários indicam que os problemas de ruídos nascem na comunicação descendente e apenas 10 % estaria na comunicação ascendente. Gerando assim uma comunicação interpessoal lateral, criando grupos informais fora do controle da empresa. A Marlene Marchiori diz que, embora a comunicação com os colaboradores já seja reconhecida como fundamental pela maioria dos empresários, “nessa matéria, quase todo mundo fica em recuperação. Apesar de terem derrubado paredes e achatado os organogramas, as empresas, na prática, ainda não conseguiram que as informações circulem como os funcionários gostariam”. Para atingir a eficácia empresarial através dos sistemas comunicacionais, a empresa precisa direcionar sua comunicação, ajustando seu discurso, estudando as habilidades e disposição das fontes e receptores, a natureza técnica dos canais, a complexidade e/ou simplicidade dos conteúdos, a oportunidade e regularidade dos fluxos, o tamanho dos grupos. Enfim, trabalhar a Comunicação Interna. Em uma organização que prima por uma autêntica cultura de comunicação todos os seus integrantes se sentem envolvidos por ela e almejam, apesar das diferenças ou mesmo das oposições, o desenvolvimento pessoal ou institucional. Então, qual é a visão que sua organização tem da comunicação?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Evento gera Imagem

O evento é um acontecimento que tem como característica principal propiciar uma ocasião extraordinária ao encontro de pessoas. É um instrumento de comunicação que pode promover a construção de relacionamentos entre pessoas e organizações. Uma oportunidade de geração e manutenção de imagem junto aos seus mais diversos públicos. Segundo Simões “é um acontecimento criado com a finalidade específica de alterar a história da relação organização-público, em face das necessidades observadas”. Do ponto de vista das organizações os eventos podem ser classificados em institucionais e promocionais (comerciais) e caracterizados de acordo com o porte, participantes e objetivos. Podemos realizar eventos abertos (geral), dirigidos ou específicos, depende de qual seu objetivo, se é científico, cultural, comercial. São vários os tipos de eventos, desde encontros como conferências, palestras, simpósios, convenções, congressos, seminários, fóruns, jornadas, colóquios, workshops, dentre inúmeros outros. É preciso avaliar qual a tipologia do evento adequada, conforme características de cada evento. O que geralmente ocorre são pessoas ou organizações que realizam eventos sem fazer esta análise. Outro aspecto importante que deve ser observado é sobre o planejamento do evento, pois como diz Murphy citado por Giacaglia (2006, p. 211), “Se alguma coisa puder dar errado na organização de um evento, ela provavelmente dará”. Por esta razão, é preciso planejar minuciosamente as etapas do pré-evento (preparação), transevento (execução) e pós-evento (avaliação). Ações esta que, quando realizadas por um profissional habilitado (Relações Públicas) ou empresa especializada, contribui e muito com o fortalecimento da imagem institucional. Portanto, este é um importante meio pelo qual a empresa pode se apresentar e até mesmo dialogar com seus clientes, quer interno ou externo. Oportunidade ímpar de transmitir num único momento os valores da organização, seus projetos atuais e para o futuro, o que pode gerar ou não uma boa imagem no mercado, depende de como você trata o evento.

Cibelli Pinheiro
Presidente da ABRH-PE, Presidente do CONRERP e Diretora da Sol Comunicação

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As Palavridades

Compartilhando artigo do amigo Jefferson Leonardo


Com os noticiários sobre as mudanças ortográficas da nossa língua portuguesa, olhei atentamente para a minha humilde biblioteca, deparando-me com um dicionário, infelizmente, pouco usado e todo empoeirado. Trata-se do dicionário etimológico, que descreve a origem das palavras. Nele encontrei uma palavra que não conhecia a “lexicologia”, a ciência e o significado das palavras.

Nesse momento me perguntei: como e quando foram criadas as letras e as palavras? Busquei ajuda com o Santo Google, que resolve qualquer dúvida e até faz milagres hoje em dia!

A humanidade precisou de muitos séculos para transformar o pictogramas (idéias expressas em desenhos) por letras. A palavra alfabeto tem origem nas duas primeiras letras gregas: alfa e beta. Acredita-se que. o alfabeto tenha sido criado há mais de 4.000 mil anos, pelos fenícios, que viviam em extenso comércio, necessitando das informações em grande quantidade, referente à sua contabilidade sobre suas compras e vendas, por essa necessidades criaram alguns sinais que deram origem às consoantes, e os gregos, seus parceiros comerciais, aprenderam os sinais, e com o tempo acrescentaram mais sinais, hoje as vogais.

Sanado a curiosidade e ampliando os conhecimentos gerais, me detenho agora ao que realmente me fez pensar nesse assunto. Aproveitei o prolongamento das festividades natalinas e coloquei a minha leitura em dia, e foi nessa intensiva leitura que observei diversas e novas palavras utilizadas no meio corporativo, fruto da tecnologia, da economia, das inovações e do novo mundo virtual, e que, se você não as utilizar em suas apresentações e oratórias, será considerado, pelos participantes, como um profissional super desatualizado. Tenho certeza que você as identificará facilmente, vejamos:

  • Portabilidade; Acessibilidade; Volatilidade; Mobilidade; Fidelidade; Autenticidade; Frugalidade; Sustentabilidade, conectividade, Opacidade, Globalidade, ecalabilidade e encontrabalidade.

Quando li a matéria sobre a Era da Transparência, outra novidade no mercado, vi a palavra “opacidade”, cheguei a ter calafrios, dando-me conta da coincidência sobre a terminação “idade” nas palavras que estão na boca dos mais atualizados e modernos profissionais do mercado. Novamente fui consultar sua santidade o Google, e lá encontrei que existem mais de 300 palavras em nossa língua com a terminação “idade”, e o significado de opacidade é a qualidade de opaco, o que não é transparente, obscuro ou sombrio, fazendo sentido ao tema da matéria sugerindo uma nova era, a Era da Transparência.

Fiquei com duas reflexões. Uma sobre o modismo das palavras, uma prática no meio empresarial, chego até a pensar como uma forma de comunicação específica da comunidade corporativa, como o linguajar do clan jurídico ou da informática, que para quem não é da área, normalmente tem muita dificuldade de entender o que eles estão falando.

Os gurus gostam de inventar palavras, e serem lembrados por elas como protagonista, como se fosse um inventor e até mesmo um gênio, sendo muito comum alguns gurus escreverem métodos, sistemas, processos e estratégias antigas, dando-lhe um nome novo e lançando para o mercado como se fosse um método inédito, mas para os olhos atentos de um bom profissional, será facilmente observado que o princípio e a base matricial do método é a mesma que conhecemos há muitos anos, até mesmo dos primórdios da era industrial.

A segunda reflexão está centrada na velocidade em que as informações estão mudando e ampliando. A produção da inovação, em quase todos os campos da ciência, estão em ritmo já mais visto na história da humanidade. Essa percepção se dá pelo fato de ter ficado pendente a leitura de apenas duas edições da revista Management, editada bimensalmente, ou seja, apenas quatro meses de atraso, que nos atualiza em todos os temas corporativos, que recomendo a todos profissionais que desejam ficar atualizados e ativos no campo empresarial.

Independente do modismo ou da velocidade, é importante você estar atendo para acompanhar, de forma reciclada, os acontecimentos e as mudanças. Será impossível você querer saber e acompanhar tudo de tudo, não haverá espaço suficiente em seu HD cerebral. Por isso, a minha orientação é focar nos temas e assuntos que agregarão valor nas suas carreira e expertises, não se esquecendo que além do papel de profissional, você também exerce o papel de pai, mãe, esposo(a), filho(a) entre outros, e que esses papéis também necessitam de atualização para o equilíbrio na sua qualidade de vida.

Há mais de cinco anos decidi aprender alguma coisa nova por ano, com o critério de ser um aprendizado totalmente distante da área em que atuo profissionalmente. O ano passado, por exemplo, aprendi a jogar golfe, diga-se de passagem que já estou com uma coleção oito troféus e cinco medalhas, e em 2009 vou aprender a cozinhar, uma das minhas grandes deficiências e inabilidades.

O mais interessante é que, todos os aprendizados dos ultimo cinco anos acabaram se relacionando com novos produtos oferecidos pela minha consultoria no mercado empresarial, mas me deixando uma dupla satisfação, a de aprender algo totalmente novo a qual nunca tivera a oportunidade de experimentar, incrementando minhas habilidades e fornecendo inovadores produtos e serviços de consultoria ao mercado brasileiro.

Seja um modismo, uma mudança ou um novo aprendizado, o mais importante é estar fazendo as coisas acontecerem em sua vida e na vida dos outros, e com certeza o resultado será o seu merecimento ao caminho da felicidade.


Jefferson Leonardo - Diretor-Sócio da INOVATIVA consultoria, Vice Presidente de Integração Sul da ABRH Nacional