quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Reputação


Um termo talvez não tão utilizado na atualidade como nos tempos antigos, em que a reputação de alguém era o que determinava o início e a manutenção das relações, tanto pessoais como profissionais. Reputação na definição do dicionário Aurélio se refere ao “aspecto coletivo de um conjunto de características pelas quais algo é definitivamente reconhecível, ou conhecido”, tem a ver com a nossa imagem, a nossa marca, com a percepção que as pessoas possuem de nós, confirmadas, é claro, pelas nossas atitudes diárias perante todos que nos cercam, e principalmente, diante daqueles que nos relacionamos mais intimamente, quer seja no ambiente familiar ou profissional, e que pode resultar numa relação de confiança ou não. Como diz o autor Arthur Bender (2009) em seu livro Personal Branding, “Confiança é a chave para a reputação”. Alicerçamos a nossa reputação à medida que a confiança é depositada em nós. A imagem que transmitimos (considerando imagem como o reflexo da realidade), seja de forma positiva ou negativa, é que determinará a nossa reputação ou a falta dela. Por esta razão, devemos estar atentos aos sinais que transmitimos na nossa relação com o outro, como tem sido nossa comunicação interpessoal? Como as pessoas se referem a você? Como o mercado lhe vê? Se alguém tivesse que lhe descrever para outra pessoa, qual seria o adjetivo utilizado para se referir a você? Este é o momento de refletirmos sobre como estamos sendo percebidos na nossa rede de relações e saber qual de fato é a nossa reputação. Se o nosso discurso externo está alinhado a nossa prática interna, pois a nossa reputação será boa se os nossos valores e práticas forem condizentes. E isto também se aplica às organizações. Para Wilson da Costa Bueno, “a reputação é uma representação mais consolidada, mais amadurecida, de uma organização, embora, como a imagem, se constitua numa percepção, numa síntese mental. Poderíamos dizer que a reputação é uma leitura mais aprofundada, mais nítida, mais intensa de uma organização e que, na prática, apenas um número reduzido de organizações chega a ser contemplada com este nível de representação” . Portanto, para construir uma boa reputação faz-se necessário que a nossa comunicação para os mais diversos e complexos públicos seja baseada na verdade!

Cibelli Pinheiro

Presidente ABRH-PE / Presidente CONRERP 5ª região

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Redes Sociais e Resultados


Considerando que Comunicar é muito mais que Informar, é oportunizar as relações entre as pessoas, as redes sociais, é um meio que proporciona esta oportunidade de informação com comunicação.

Apesar do conceito de rede ter avançado nos últimos anos, as aplicações e utilidade para a gestão das organizações não acompanham esta mudança. As organizações atuais que se preparam para este ambiente de relacionamento social entre seus vários níveis hierárquicos, bem como entre todas as pessoas que se relacionam com a empresa (quer interna ou externamente) possuem uma maneira inteligente de fortalecer sua imagem, identificar oportunidades, ajustar seus planos estratégicos, realizar investimentos, avaliar custos, desenvolver compreensões mais precisas sobre a produtividade e a eficácia das funções dos seus profissionais.

Sim, é através das redes sociais que os gestores podem visualizar pontos chaves e pontos fracos dos seus colaboradores, sabendo de onde exatamente está a colaboração, a compreender melhor quem sabe o que, quem conhece quem e o que sabe como, podendo assim fazer o alinhamento estratégico da sua organização. Para tanto, os gestores precisam não apenas reconhecer a importância e o poder das redes sociais, mas avaliar e gerenciar estas redes para agregar valor à sua empresa. Ao contrário de buscarmos atingir nossos objetivos utilizando as relações hierárquicas rígidas e ao invés de ordenarmos colaboração, devemos estar atentos aos indivíduos centrais destas redes, àqueles que exercem influência colaborativa, pois são condutores de cultura e imagem, tanto positiva como negativa.

Os gestores que conseguem criar e aproveitar as redes sociais nas suas organizações serão capazes de: aumentar receita, agir com mais eficácia na redução dos custos, aproveitar soluções inovadoras, identificar as oportunidades com maior potencial de melhoria de maneira criativa e com mais velocidade e efetividade. Mas para se obter estes resultados positivos através das redes sociais, é preciso fundamentalmente proporcionar um ambiente de confiança e reciprocidade entre os participantes.

Se o relacionamento social é um fenômeno que ocorre a todo momento e em qualquer local ou circunstância, a REDE SOCIAL, portanto, é uma realidade que precisa ser trabalhada por todos nós gestores!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Gestão por Competência em Instituições de Ensino


A gestão de pessoas por competências está se tornando uma realidade dentro das organizações, já que estas estão enxergando a grande importância de se cativar talentos em vez de se preservar cargos. Hoje as pessoas são selecionadas e treinadas de acordo com as necessidades de competências individuais e organizacionais (core compentence). As instituições na área de educação não fogem a essa realidade. Tanto os processos administrativos como os métodos de ensino sofrem alterações com vistas a conquistar e satisfazer os clientes, que são os alunos e pais. Essas alterações exigem dos profissionais mais conhecimentos, habilidades e atitudes específicas da área. É preciso saber quais as competências, dos professores e funcionários
da administração, que se julgam necessárias para o crescimento da organização educacional. Neste cenário a gestão de recursos humanos assumiu uma função importante: gerenciar as competências destes profissionais para que, dessa forma, eles possam atingir os objetivos traçados pela organização. Por ser um mercado em franco crescimento, é de se esperar que as organizações da área de educação tornem-se cada vez mais exigentes, inclusive requerendo dos seus profissionais uma nova postura. Em meio às intensas mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais que vivenciam nossa sociedade surgem novas práticas profissionais dos docentes. Mezomo (1994) afirma que o diferencial das organizações educacionais está cada vez mais centrado na qualidade pessoal e no desempenho profissional dos seus recursos humanos. Para Libâneo (2001), a identidade profissional do professor é o conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores que definem e orientam a especificidade do seu trabalho. Com base nesta afirmação ele apresenta duas dimensões da identidade profissional do professor: os saberes e as competências. Saberes são conhecimentos teóricos e práticos requeridos para que o profissional possa exercer sua profissão e Competências são as qualidades, capacidades, habilidades e atitudes relacionadas a esses conhecimentos teóricos e práticos, que permitem o exercício da profissão de forma adequada. Portanto, não há mais como se pensar em produtividade, resultados e pessoal qualificado na área de educação, sem que haja uma preocupação e atenção para as competências das pessoas e da própria organização. Os dirigentes das instituições de ensino requerem profissionais preparados, pessoas portadoras de novas habilidades e atitudes que venham a contribuir com a empresa. Geralmente, estes gestores, possuem o conhecimento tácito das competências necessárias para o desenvolvimento organizacional, entretanto, faltam-lhes orientações sobre como operacionalizar
a administração de tal potencial, que ações e medidas devem ser tomadas para desenvolvê-las no âmbito das instituições de ensino.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Minha Velha e Nova Carreira


Considerando que as carreiras estão ficando cada vez mais curtas, principalmente quando se trata de geração y, e as pessoas mais dispostas a trocar a remuneração por desenvolvimento, cresce assustadoramente o número de profissionais que desejam mudar de carreira. E eu sou um destes!! Na verdade, não seria mudar de carreira, e sim retornar a minha carreira inicial, quando fiz uma escolha pela minha área de formação – Comunicação.

Depois de dez anos me preparando na área de RH e desenvolvendo diversos trabalhos voltados para gestão de pessoas, parei para repensar sobre minhas escolhas durante toda esta trajetória. Muitas vez pensei, será que desviei do caminho inicial que tracei? Ou será que reforcei este caminho com o conhecimento e experiências adquiridas? O importante agora é que parei para repensar, e repensar sobre nossas escolhas faz parte do nosso crescimento, do desenvolvimento pessoal e profissional. Para Clarice Lispector: “Entre o ‘sim’ e o ‘não’, só existe um caminho: escolher”. Portanto, decidi escolher aquilo que realmente me dá prazer! Trabalhar com a gestão da comunicação nas organizações, este é o trabalho que traz realizações e resultados na minha carreira profissional. Mas, nada melhor do que conciliar o prazer de fazer com a nossa vocação (chamado). E como a vocação precisa estar aliado ao conhecimento e habilidades, decidi também buscar uma maior preparação, nos próximos anos farei um doutorado em comunicação organizacional, visando fortalecer meu conhecimento, além, é claro, de buscar, nesta nova fase da minha carreira, uma recolocação no mercado de trabalho na área de comunicação.

Mudar de carreira durante nossa trajetória exige de nós a capacidade de abertura para o novo e interesse em conhecer coisas novas, exige este momento da escolha. E escolher implica também em renunciar. Para abraçar a minha paixão por comunicação, faz-se necessário deixar as atividades em RH, não será nada fácil, meu conforto se encontra nas palavras de Albert Schweitzer “Um homem não é grande pelo que faz, mas pelo que renuncia.” Fiz uma escolha, e terei que renunciar outras escolhas, para voltar a ter a minha tão velha e nova carreira.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

RRPP na sua empresa

O profissional de relações públicas (RRPP) tem como objeto essencial de trabalho a gestão da comunicação organizacional, desenvolvendo políticas e estratégias que atendam as novas demandas comunicacionais. Neste contexto de tantas e rápidas mudanças, tanto no ambiente interno como externo, faz-se necessário que o profissional de Relações Públicas influencie na cultura das nossas empresas, transformando de uma cultura da informação (de dados) para uma cultura de comunicação e relacionamento, e mais ainda, para uma cultura baseada no diálogo e na confiança.

É nesta linha de entendimento que o conceito das Relações Públicas se apresenta em alguns países em que a profissão é reconhecida, como na França que afirma as Relações Públicas como inicialmente, o conjunto de meios utilizados pela empresa para criar um clima de confiança junto ao seu pessoal, junto aos grupos com os quais se acham ligados e, comumente, junto ao público em geral, tendo em vista proteger sua atividade e favorecer seu desenvolvimento (Louis Salleron). Na Bélgica as Relações Públicas são o meio para preencher a profunda necessidade de renovação espiritual da humanidade, buscando solucionar a crise de nossa civilização contemporânea, resultante da falta de equilíbrio entre o progresso técnico e o moral. Esta idéia tem um longo caminho a percorrer antes de ser completamente aceita, dando assim às nossas empresas e instituições a quarta dimensão que elas requerem (F. Minoresco). E no Brasil – Relações Públicas é o esforço deliberado, planificado, coeso e contínuo da alta administração para estabelecer e manter uma compreensão mútua entre uma organização pública ou privada, assim como entre a organização e todos os grupos sociais aos quais está ligada, direta ou indiretamente.

Uma profissão, portanto, reconhecida e regulamentada nacional e internacionalmente, que pode, e muito contribuir com o fortalecimento das relações da sua empresa com os mais diversos públicos de interesse. Insira no seu quadro de pessoal este profissional. Mais informação sobre a profissão entre em contato com seu conselho (CONRERP – Conselho Regional dos Profissionais de Relações Públicas – 5ª Região – conrerp5@terra.com.br).

O que faz RRPP?

As empresas hoje estão tratando a comunicação corporativa de forma mais estratégica, o que implica em mudanças no perfil de quem atua na área. Este especialista deve cuidar da comunicação de forma integrada (institucional, mercadológica e interna), função esta atribuída ao trabalho desenvolvido pelo profissional de Relações Públicas. Conforme resolução da profissão, são funções e atividades privativas dos profissionais de Relações Públicas todas as ações de uma organização de qualquer natureza que visa estabelecer e manter, pela comunicação, a compreensão mútua com seus públicos.


As Relações Públicas, portanto, caracterizam-se pela aplicação de conceitos e técnicas de Comunicação Estratégica - com o objetivo de atingir de forma planificada os objetivos globais e os macro-objetivos para as organizações; Comunicação Dirigida - com o objetivo de utilizar instrumentos para atingir públicos segmentados por interesse comuns; Comunicação Integrada - com o objetivo de garantir a unidade no processo de comunicação com a concorrência dos variados setores de uma organização.


Nos últimos anos a área de comunicação nas organizações vem crescendo e se estruturando, apontando mudanças, tanto com relação à formação acadêmica dos profissionais que atuam na área, quanto à posição ocupada por eles no organograma, sinalizando, como já dito, que a Comunicação Corporativa tem tido importância cada vez mais estratégica nas empresas. É fundamental, pois, ressaltar quais as práticas desenvolvidas pelo profissional especialista em comunicação – o que faz RRPP?


São atividades específicas de RRPP: o planejamento e coordenação de pesquisas de opinião pública para fins institucionais e de imagem; planejamento e execução de campanhas de opinião pública; orientação aos dirigentes de instituições públicas ou privadas na formulação das políticas de Relações Públicas; promoção da integração institucional na comunidade; informação e orientação da opinião pública sobre os objetivos elevados das instituições; assessoramento na solução de problemas das instituições que repercutam perante a opinião pública (gerenciamento de crises). Atividades estas fundamentais para resgatar, manter e conquistar uma imagem positiva da sua organização perante os seus públicos. Conheça, valorize e contrate este profissional! Mais informações sobre a profissão procure o conselho - conrerp5@terra.com.br.

O que faz RRPP?

As empresas hoje estão tratando a comunicação corporativa de forma mais estratégica, o que implica em mudanças no perfil de quem atua na área. Este especialista deve cuidar da comunicação de forma integrada (institucional, mercadológica e interna), função esta atribuída ao trabalho desenvolvido pelo profissional de Relações Públicas. Conforme resolução da profissão, são funções e atividades privativas dos profissionais de Relações Públicas todas as ações de uma organização de qualquer natureza que visa estabelecer e manter, pela comunicação, a compreensão mútua com seus públicos.

As Relações Públicas, portanto, caracterizam-se pela aplicação de conceitos e técnicas de Comunicação Estratégica - com o objetivo de atingir de forma planificada os objetivos globais e os macro-objetivos para as organizações; Comunicação Dirigida - com o objetivo de utilizar instrumentos para atingir públicos segmentados por interesse comuns; Comunicação Integrada - com o objetivo de garantir a unidade no processo de comunicação com a concorrência dos variados setores de uma organização.

Nos últimos anos a área de comunicação nas organizações vem crescendo e se estruturando, apontando mudanças, tanto com relação à formação acadêmica dos profissionais que atuam na área, quanto à posição ocupada por eles no organograma, sinalizando, como já dito, que a Comunicação Corporativa tem tido importância cada vez mais estratégica nas empresas. É fundamental, pois, ressaltar quais as práticas desenvolvidas pelo profissional especialista em comunicação – o que faz RRPP?

São atividades específicas de RRPP: o planejamento e coordenação de pesquisas de opinião pública para fins institucionais e de imagem; planejamento e execução de campanhas de opinião pública; orientação aos dirigentes de instituições públicas ou privadas na formulação das políticas de Relações Públicas; promoção da integração institucional na comunidade; informação e orientação da opinião pública sobre os objetivos elevados das instituições; assessoramento na solução de problemas das instituições que repercutam perante a opinião pública (gerenciamento de crises). Atividades estas fundamentais para resgatar, manter e conquistar uma imagem positiva da sua organização perante os seus públicos. Conheça, valorize e contrate este profissional! Mais informações sobre a profissão procure o conselho - conrerp5@terra.com.br.

O que é RRPP?

RRPP – Relações Públicas. No dia 2 de dezembro de l876, nasceu em Penedo (AL), o primeiro profissional de Relações Públicas no Brasil – Eduardo Pinheiro Lobo, tendo a profissão como marco inicial o dia 30 de janeiro de l914 em São Paulo, quando Eduardo Lobo foi nomeado para chefiar o recém criado Departamento de Relações Públicas de uma empresa canadense (The São Paulo Tramway Light And Power Co. Limited), uma concessionária da iluminação pública e do transporte coletivo na capital paulista. Na ocasião a direção da Light, sentindo a necessidade de um setor especializado para cuidar do seu relacionamento com os órgãos da imprensa e com os poderes concedentes, desenvolveu um trabalho de Relações Públicas com a imprensa, visando o esclarecimento da opinião pública.

A partir de então, a profissão de Relações Públicas que iniciou timidamente, tornou-se essencial em todas as organizações do mundo globalizado. Uma área que atualmente se apresenta em franco desenvolvimento em razão da conscientização da sociedade que reforça a necessidade de maior transparência nas relações. Relações com consumidores mais exigentes, leitores e espectadores mais atentos, funcionários mais conscientes, vivemos o momento em que a informação está cada vez mais democatizada pelo ambiente digital e a interatividade é feita em tempo real, tudo isso e muito mais exigem das organizações a ampliação do diálogo, o fortalecimento do relacionamento entre as pessoas. E essa é a especialidade da área de Relações Públicas, cuidar das relações entre os mais diversos públicos de interesse das organizações.

A tendência e as perspectivas das relações públicas no Brasil e no mundo são promissoras, uma profissão do presente e do futuro. Segundo uma Pesquisa da Revista Exame (ano 39, nº7, 13/abril/2005), baseado no Estudo do Instituto do Trabalho dos EUA, a Profissão de Relações Públicas está entre as cinco carreiras mais promissoras para os próximos 10 anos. Conheça, valorize e seja este profissional! Mais informações sobre a profissão procure o conselho - conrerp5@terra.com.br.

domingo, 22 de agosto de 2010

RH x RP

Qual a relação entre Recursos Humanos e Relações Públicas?

Recentemente fui procurada por uma aluna da Faculdade Cásper Líbero (em São Paulo) fazendo esta indagação. Este mesmo questionamento também é feito por meus alunos dos cursos de pós-graduação em Gestão de Pessoas que migraram da área de comunicação (especificamente relações públicas) para o RH. O que RH tem a ver com RP e como é ou deve ser esta relação? Na década de 70, quando a comunicação organizacional no Brasil teve seu início, não podíamos ainda contar com profissionais da área de comunicação, pois o primeiro curso de Jornalismo foi criado em 1947 pela faculdade acima citada e o de Relações Públicas em 1967, pela Escola de Comunicação e Artes em São Paulo. Foi somente nas décadas de 80 e 90 que ocorreu o desenvolvimento da comunicação empresarial no nosso país. Portanto, antes da existência dos departamentos de comunicação, da presença de comunicadores formados nas empresas, quem sempre cuidou da comunicação interna, por exemplo, foram os profissionais de recursos humanos. Mesmo sem a formação específica, os RHs, começaram a desenvolver os primeiros informativos internos, jornais murais, festas de confraternizações, dentre outros meios de relacionamento com seu público interno. Os RHs chegaram primeiro e os profissionais de comunicação, posteriormente, vieram para apoiar as ações de comunicação interna, para contribuir na elaboração dos projetos direcionados à gestão das pessoas. A relação que precisa existir entre os profissionais de Recursos Humanos e Relações Públicas é de parceria. Como enfatizam França e Leite (2007), “estabelecer parcerias entre as áreas (comunicação e recursos humanos) para que o processo estratégico de comunicação seja planejado de comum acordo, unificado, para atingir os objetivos da organização e surtir os resultados programados”. Pensar em comunicação na empresa, nada mais é do que tratar de seu processo de gestão, e ao trabalhar a comunicação de forma integrada (administrativa – interna, institucional e mercadológica), o profissional de Relações Públicas poderá ser um parceiro nesta construção. Então, RH, conte com este profissional na estrutura da sua organização!

Presidente ABRH-PE e Presidente do CONRERP (5ª região)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cultura da Confiança

Consistência, Transparência e Coerência

Considerando os principais pilares da cultura brasileira – o poder, as relações e a flexibilidade, segundo Betânia Tanure, Paul Evans e Vladimir Pucik no livro Gestão de Pessoas no Brasil, a realidade das organizações do Nordeste caracterizam-se por uma forte concentração de poder, a centralização no processo decisório, que provavelmente é fruto da influência do coronelismo na região. Com este estilo de gestão, fundamentada na monitoração e controle, as empresas, especialmente as familiares, administram suas equipes de trabalho utilizando diversos instrumentos burocráticos, e muitas regras, contratos e normas formais, reforçando suas estruturas hierárquicas e produzindo um baixo grau de sociabilidade e cooperação. Neste contexto, os indivíduos agem muito mais buscando os seus próprios interesses do que em favor da coletividade, não há um compartilhamento de valores para que se construa uma cultura corporativa mais consistente, que considere prioritariamente as relações mais consensuais. Numa gestão baseada na confiança, o mecanismo de controle é a própria relação de confiança, que produz um ambiente de cooperação espontânea em equipe e autonomia individual, o estímulo à criação e inovação, levando à satisfação, motivação e comprometimento das pessoas. Além disso, as empresas terão menos custo com mecanismos de controles, e terão uma redução no índice de absenteísmo, e nos custos com questões trabalhistas e comportamentos oportunistas. Portanto, para que as relações de confiança sejam construídas nas empresas, é preciso considerar alguns elementos fundamentais, como a comunicação aberta, honesta e transparente com os funcionários, e a integridade nas relações internas, promovendo a percepção da justiça e dos benefícios mútuos. As relações de confiança serão sustentadas e sustentarão o exercício desta gestão quando houver, de fato, consistência, transparência e coerência nas atitudes diárias. É sobre esta temática que o 13º Congresso Nordestino sobre Gestão de Pessoas abordará nos dias 13 a 15 de setembro no Centro de Convenções. Participe deste debate!

Cibelli Pinheiro
Presidente ABRH-PE
Presidente CONRERP – 5ª Região

Consistência, Transparência e Coerência

A Confiança como base para Construção de Relações Sustentáveis

Adotar um estilo de Gestão por Confiança é simplesmente, aplicar os princípios definidos pela organização na sua concepção de vida e planejamento. É adotar comportamentos diários baseado em valores. Nesta gestão, a consistência será caracterizada por um comportamento constante, ligado aos seus valores e princípios. Tais comportamentos e/ou opiniões devem ser estáveis, considerando as atitudes alinhadas com um histórico de condutas passadas, como por exemplo, alguém que sempre respeitou os prazos estabelecidos para conclusão do trabalho (valor pessoal), tende a fazer o mesmo em diversas situações vivenciadas, devido ao seu histórico de pessoa responsável, cumpridora das suas obrigações. A consistência, portanto, está relacionada à sua credibilidade, resultado do seu histórico profissional e das suas relações pessoais e profissionais. E como nova competência exigida para o RH atual, a credibilidade pessoal, é o que promoverá o trabalho consistente do RH nas organizações, influenciando culturas e contribuindo com as transformações necessárias. O “novo” RH não pode mais se limitar às ações operacionais, ser fazedor de festinhas e motivador de pessoas, seu olhar estratégico deve estar voltado para a necessidade de criar um ambiente de confiança como base para a construção de relações sustentáveis. Para tanto, a transparência na comunicação interna é fundamental nesta construção, falar a verdade, não ocultar informação, compartilhar decisões, deixar todos muito bem informados e seguros. Transformar a cultura da informação para uma cultura do diálogo, em que todos os funcionários são considerados e respeitados no momento da comunicação. É preciso que haja também a coerência, a concordância entre o que a pessoa diz e faz, pois é melhor o bom exemplo dado por uma atitude positiva do que belas palavras de um discurso bonito e muitas vezes vazio. Não podemos fazer um discurso quando não há garantia de cumprimento do que está se prometendo, é preciso calcular o alcance das nossas palavras (elas não são jogadas no vento), ver o quanto são significativas para quem as ouve. O discurso do gestor de pessoas deve, portanto, refletir sua prática! Para construir uma gestão baseada na confiança faz-se necessário a consistência das ações, a transparência na comunicação e a coerência entre seu discurso e prática.


Cibelli Pinheiro
Presidente ABRH-PE
Presidente CONRERP – 5ª Região

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Imagem da Organização

Boa Comunicação gera Boa Imagem!

A criação de valor de uma empresa para a sociedade é construída a partir do fortalecimento da sua imagem e reputação perante a opinião pública. A palavra IMAGEM, vem do latim imagine, segundo o Aurélio é “aquilo que evoca uma determinada coisa, por ter ela semelhança ou relação simbólica”.Como diz Neves (1998), Imagem é como percebemos as coisas. Esta percepção, no contexto organizacional, torna-se realidade à medida que a empresa é percebida positiva ou negativamente pelos seus mais diversos públicos com os quais se relaciona. Especialmente o público interno, que retrata fielmente a imagem da empresa nas suas relações pessoais e profissionais. Projetar uma imagem além do real é muito comum no mundo de negócios e até mesmo na vida real. Imagens irreais, distorcidas, aquém e além, são projetadas e percebidas neste mercado. São as práticas de uma comunicação diferenciada fundamentada no diálogo, na verdade e transparência, que conduz todos esses públicos, ao mesmo tempo, aos valores e a identidade da organização. Portanto, para ter, manter ou resgatar uma imagem positiva é necessário ter CREDIBILIDADE (tanto a empresa, como o profissional), construída através de conceitos reais, exemplos diários e atitudes coerentes. Este é o maior patrimônio que uma organização pode conquistar – sua credibilidade. Para construir leva-se tempo. Para perdê-la, é rápido, basta um pequeno deslize. As organizações (e as pessoas) precisam estar atentas sobre o quê e como se comunicam, devem proteger e fortalecer cada vez mais sua imagem, pois dependendo de como é feita esta comunicação, pode-se construir ou destruir em um só discurso ou numa só prática, todo um trabalho realizado neste mercado. A comunicação (interna/externa), portanto, é meio pelo qual organizações e profissionais podem garantir uma boa imagem, agregando valor e resultados positivos ao relacionamento da empresa com seus clientes, colaboradores, consumidores e sociedade.


Cibelli Pinheiro
Presidente ABRH-PE e do Conselho dos Profissionais de Relações Públicas.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O Fundamento da Comunicação

Transparência e Verdade

Atualmente cerca de 90% dos problemas das empresas giram em torno da comunicação ou da ausência dela (Peter Roussel). Pensando na melhoria da comunicação entre os setores (intrafuncional) e do fluxo das informações na empresa, muitos são os investimentos em instrumentos de comunicação, mas pouco é investido na Comunicação Humana. Constatamos organizações que possuem alta tecnologia, inúmeras ferramentas, mas não se comunicam adequadamente com suas equipes. É certo que a comunicação instrumental serve apenas de apoio à comunicação humana. A comunicação no ambiente de trabalho não é um dado da natureza, ela precisa ser trabalhada. Precisamos manter todos bem informados, oferecendo feedbacks adequados, explicando decisões e políticas, normas e procedimentos, sendo franco quanto aos próprios problemas apresentados e resistindo à tentação de reter informações para usá-las como ferramenta de poder para punições ou recompensas. É preciso fazer com que as coisas sejam colocadas de modo claro, sem obscurantismo, sem esconder razões e motivos. A comunicação precisa ser transparente e verdadeira. Dizer a verdade e colocar sinceramente as expectativas que temos em relação às pessoas, ser o mais límpido e transparente possível. É preciso também ter coragem de falar a verdade ao poder em razão do compromisso com seus valores e os valores essenciais da organização. Não podemos ocultar informações para qualquer que seja o nível hierárquico. As informações decisivas devem chegar à pessoa certa, na hora certa e pela razão certa. Investir, portanto, nesta comunicação é ferramenta estratégica de gestão. Para Marchiori (2005) "A busca da valorização da comunicação interna deve ser entendida como estratégia básica dos empresários que desejam a efetividade de sua organização".