segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Comunicação de Poder ou Humana?

Qual a visão e missão que sua organização tem da comunicação? Que características a comunicação tem na gestão das pessoas? O modelo que percebemos em diversas empresas ainda é baseado na administração Taylorista, que se fundamenta no detentor do poder e seus prepostos, bem como na legislação trabalhista, nos deveres dos empregados, o que reforça o processo hierárquico.

A comunicação quando tem sua base no modelo das relações humanas, há clareza, compartilhamento e participação das pessoas, sua ênfase está na ética e responsabilidade, e não apenas em seguir normas e procedimentos, rotinas, manuais, leis, etc, sua vinculação está voltada para a missão e visão da empresa.

A Comunicação de Poder, considerada impositiva e mandatória, fria e impessoal, omissa e incompleta, não alimenta expectativas dos empregados, nem permite sua participação nos processos de trabalho, não compromete as pessoas com as ações e resultados da empresa. Enquanto que a Comunicação Humana, que deve ser clara, objetiva, transparente e verdadeira, baseada no diálogo e confiança, mostra o sentido do que se está fazendo, o significado do trabalho alinhado aos valores organizacionais e pessoais, permite que o empregado sinta-se cada vez mais pertencente à organização, proporcionando um ambiente de abertura, participação, comprometimento e satisfação, o que certamente refletirá na eficácia da comunicação com o público externo.

Precisamos repensar: como podemos manter um processo de comunicação sem a censura administrativa? Como fazer com que a comunicação transite com muita fluidez e transparência em todos os níveis hierárquicos? Como discutir com os empregados os problemas que os afetam, sem pressão, medo ou coerção?

Para Robbins e Dubrin, Comunicar é mais do que simplesmente transmitir um significado, a mensagem precisa ser compreendida. Precisa incluir a transferência e a compreensão de mensagem. Portanto, quando nossa comunicação estiver voltada para traduzir os conceitos e práticas de forma a serem compreendidos e aceitos pelos empregados, poderemos saber se a nossa comunicação é de poder ou humana. Pensem nisso!

Cibelli Pinheiro
Presidente ABRH-PE e CONRERP
Diretora da Sol Comunicação