Será que as pessoas mais inteligentes têm melhores
desempenhos e são mais bem sucedidas do que os menos inteligentes? É com esta indagação que Robbins* inicia a “4ª
verdade sobre Gestão de Pessoas”.
Obviamente existem diversas e divergentes opiniões
sobre o assunto, mas há também provas, confirmadas por dados de investigação,
que se pode chegar a esta conclusão, eis algumas delas:
- Existe uma aproximação entre os valores do QI e o significado comum do uso da palavra inteligência.
- Os valores do QI são estáveis, mesmo que não sejam constante na vida da pessoa.
- Quando bem aplicados, os valores dos testes de QI não são influenciados por questões econômicas, étnicas e outras.
- Os colaboradores mais espertos são, geralmente, os mais capazes.
Será
que todas as funções requerem o uso da Inteligência?
Sim, pois o trabalho exige a nossa capacidades
cognitiva, o uso do raciocínio e a tomada de decisões.
Altos índices de QI mostram uma forte correlação do
desempenho, especialmente em trabalhos novos e ambíguos, nos processos de
mudanças ou nas profissões que são multifacetadas como engenharia,
contabilidade, arquitetura, física, investigação científica. Mas também o QI é um bom indicador em funções
menos complexas como artesanato, o trabalho de uma secretária ou de um
policial. Mas, o QI não é tão exigido para trabalhos não qualificados ou que
requeiram tomada de decisões rotineiras ou resoluções de problemas simples.
Certamente que a Inteligência não é o único fator
que influencia o desempenho na função, mas pode ser o mais importante. Numa
entrevista de emprego, por exemplo, é o melhor indicador do que os certificados
de habilitações e a verificação de referências, por isto se investem nos testes
para aferição do QI.
Mas,
a Inteligência é aprendida ou nasce-se com ela?
Há uma forte componente genética do QI, ou seja, 70%
ou mais da nossa inteligência é herdada. Podemos observar, por exemplo, que os
QI médios mostram diferenças de acordo com questões étnicas e econômicas, o que
leva alguns críticos a ficarem incomodados, devido as medições de QI serem
discriminatórias e por esta razão não deviam ser aplicados. No entanto, Robbins
não concorda com isto, afirma que existem provas que demonstram que os testes
não estão enviesados em direção a um grupo em particular, são credíveis.
Conclui-se, então, que esta é a melhor aposta na
hora da contratação: “se quiser contratar
a melhor força de trabalho possível, quando tudo o resto é igual, contrate as
pessoas mais inteligentes que encontrar” (Robbins, 2008 p.21).
Nosso Convite:
Convido você a (re)ver “O Estagiário”, um filme
interessante com Robert De Niro e Anne Hathaway, em que podemos analisar esta
questão da contratação de pessoas inteligentes, que independe da idade.
Aproveite para refletir!
*Stephen
P. Robbins aborda este assunto no livro: “O Segredo na Gestão de Pessoas –
Cuidado com as Soluções Milagrosas”, 1ª ed., Lisboa: Centro Atlântico, 2008.