Somente a partir dos anos 70 apresenta-se a ideia mais voltada para a interação e diálogo, com o autor latino-americano Pasquali (1973), que enfatiza a estrutura relacional (transmissor-receptor), em que todo transmissor pode ser receptor e todo receptor pode ser emissor. Mas, ainda percebe-se que o predominante na realidade da comunicação de muitas organizações é baseada neste modelo considerado burocrático e mecanicista, em que a comunicação é vista apenas como um instrumento de trabalho, que promove o distanciamento das pessoas ao invés de um maior relacionamento, que incentiva o autoritarismo e centralização das informações e não permite a participação das pessoas (Almeida, 2003). É uma comunicação fundamentada no detentor do poder e seus prepostos, feita de forma burocrática e utilizada como ferramenta de controle. Seu enfoque é na transmissão da mensagem, consiste em apenas informar sobre fatos e acontecimentos, divulgar informações, possui objetivos meramente operacionais, caracteriza-se como uma comunicação fria, impessoal e incompleta. Já na concepção relacional a comunicação flui em todos os sentidos, é clara, transparente e compartilhada. É realizada de forma coordenada, integrada e participativa, seu enfoque é no entendimento, na compreensão do significado da mensagem e no relacionamento entre as pessoas. Faz parte de um processo contínuo, com política bem definida, voltada para a estratégia organizacional. Caracteriza-se por ser uma comunicação mais pessoal, baseada no diálogo e na confiança mútua (Almeida: 2003). Entende-se que uma relação de confiança está positivamente relacionada à melhoria de comunicação entre líderes e liderados.
Cibelli
Pinheiro
Presidente
ABRH-PE
Diretora
Sol Comunicação e Desenvolvimento de Pessoas
Doutoranda em Comunicação Estratégica e Organizacional
pela Universidade do Minho – Portugal
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